Nome foi associado a conteúdo pejorativo no site de buscas.
Além da indenização, a empresa deve fazer cessar a associação
A representante do Google no país foi condenada em primeiro grau a pagar uma indenização de R$ 3,78 milhões por danos morais a uma advogada de Porto Alegre, que teve seu nome associado a conteúdo pejorativo no site de buscas. Além da indenização, a sentença dada pelo juiz Mauro Caum Gonçalves, da 3ª Vara Cível do Foro Central de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, determina que o Google faça cessar qualquer ligação do nome da advogada com o conteúdo ofensivo. A empresa ainda pode entrar com recurso.
Segundo a sentença, à qual o G1 teve acesso, a advogada teve sua identidade vinculada a páginas não condizentes com sua conduta social, ofensivas à sua honra e plagadas de termos e expressões de baixo calão e de conotação extremamente vulgar. Com isso, o juiz julgou que sua imagem e honra foram gravemente violadas, considerando o teor dos documentos e o alcance mundial da humilhação.
De acordo com reportagem publicada no jornal Zero Hora, a advogada era associada no sistema do Google à ex-garota de programa Bruna Surfistinha, que mantinha um blog com relatos de sua vida profissional e posteriormente lançou um livro. Ainda segundo o jornal, a autora da ação recebeu e-mails incômodos após a associação.
O Google tem enfrentado diversas ações, principalmente relacionadas ao site de vídeos YouTube, comprado pela empresa no ano passado. A empresa brasileira Anima Produções Audiovisuais, responsável pelo filme Pelé Eterno, conseguiu na Justiça o direito de exclusão de trechos desse longa-metragem do site — a ordem saiu no mesmo dia em que o conglomerado de mídia Viacom anunciou um processo de US$ 1 bilhão contra essa mesma página.
Em janeiro, o YouTube foi bloqueado no Brasil após a divulgação de um vídeo picante da modelo Daniella Cicarelli e de seu namorado — a censura à página durou cerca de 24 horas e causou revolta entre os usuários do site. Mais recentemente, a Turquia realizou um bloqueio parecido, durante dois dias, depois que os usuários do site do Google exibiram ofensas ao líder Mustafa Kemal Ataturk, morto em 1938.
Com informações de G1.