Funcionários da Comissão Federal de Comércio (FTC, em inglês) dos EUA teriam recomendado um processo contra o Google em 2012 por causa do suposto uso de táticas anti-competitivas e de abusar de seu monopólio sobre a Internet, disse o Wall Street Journal.
No final de tudo, a Comissão aceitou um acordo com a gigante de buscas, mas um relatório confidencial obtido pelo The Wall Street Journal revela o quanto a Comissão estava dividia sobre a possibilidade de processar a empresa.
A FTC alegava que a conduta da empresa “tem resultado – e resultará – em prejuízo real para os consumidores e para a inovação nos mercados de busca e publicidade online”. Após a coleta de nove milhões de documentos no curso da investigação, o órgão queria começar uma ação direta contra a empresa.
De acordo com o relatório, a empresa usou conteúdos de nomes como TripAdvisor, Yelp e Amazon ilegalmente para melhorar seus próprios resultados de busca e impôs restrições em sites e anunciantes. Quando as companhias se queixaram sobre o processo, o Google ameaçou retirá-los inteiramente dos resultados.
“Está claro que a ameaça do Google tinha a intenção de produzir, e produziu o efeito desejado, que era o de coagir o Yelp e TripAdvisor a recuarem”, diz os documentos obtidos pelo WSJ.
O Google também teria restringido sites que publicarem seus resultados de busca e colaborarem com motores concorrentes.
No final, o Google concordou em fazer pequenas alterações em suas práticas de negócios, a fim de não ter que passar por uma ação judicial.
A gigante disse em um comunicado que “após uma exaustiva revisão de 19 meses”, a equipe do FTC e todos os cinco comissários concordaram que “não havia necessidade de tomar medidas” sobre como a empresa classifica e exibe resultados de pesquisa.