Mudou tudo no Firefox Quantum, mas pelo menos um detalhe vai ser igual às versões do Firefox do passado: o Google voltou a ser o mecanismo de busca padrão do navegador.
Embora o novo Firefox tenha sido projetado para recuperar o mercado do rival Chrome, que pertence ao Google, o buscador retorna para a posição que ocupou durante anos como a ferramenta de pesquisa oficial do Quantum.
A mudança é resultado do fim do acordo anterior com o Yahoo, em que a Mozilla se comprometia a utilizar o mecanismo de busca deles como opção padrão de seus navegadores. Embora essa configuração possa ser modificada pelo usuário, estatisticamente uma grande parcela dos internautas segue utilizando o buscador configurado de fábrica e há uma forte disputa entre as empresas para ser definido como a opção padrão.
Em 2014, a fundação Mozilla anunciou que havia rompido com o Google, após uma longa parceria e fechado um contrato de cinco anos com o Yahoo para os usuários dos Estados Unidos e alguns outros mercados. No ano seguinte, a Mozilla buscaria uma independência ainda maior do Google para buscar competitividade entre os navegadores: “nós não temos uma relação comercial com o Google nesse momento. Isso nos traz de volta para nossa estratégia de como podemos encorajar maior competição”, revelou na época Denelle Dixon-Thayer, chefe do escritório de negócios e assuntos jurídicos da Mozilla.
Teoricamente, o contrato com o Yahoo teria validade até 2019, mas a Mozilla teria exercido seu “direito contratual” de rescindir o contrato. De acordo com um representante da fundação, a decisão foi tomada “com base em uma série de fatores, incluindo fazer o melhor para a nossa marca, nosso esforço para fornecer uma pesquisa na web de qualidade e a experiência de conteúdo mais ampla para nossos usuários”.
Entretanto, até o momento, nem o Google nem a Mozilla se manifestaram sobre o retorno do Google como mecanismo de pesquisa padrão do Firefox Quantum e sobre a mudança de relação entre as duas entidades desde 2015.
