O Ministério das Comunicações pretende apresentar ainda esse ano um protótipo do Plano Nacional de Comunicação entre Máquinas (M2M) e Internet das Coisas (IoT).
O objetivo do governo federal será incentivar as empresas a investirem em projetos de Internet das Coisas no país e desenvolver o crescimento do setor.
Para o secretário do Ministério Maximiliano Martinhão, “a comunicação máquina a máquina tem potencial para beneficiar principalmente os países em desenvolvimento” como o Brasil. A agilidade obtida pela interação entre diferentes dispositivos é capaz de melhorar a performance da cadeia produtiva e gerar retorno para todas as camadas da população.
Autoridades do governo, da indústria de telecomunicações, fabricantes de dispositivos, universidades e representantes da sociedade civil já se reuniram três vezes para debater a questão e seus desafios. Resta agora ao governo a elaboração do documento que irá estabelecer as diretrizes que irão controlar o setor a partir do ano que vem.
Entretanto, analistas de mercado recomendam que o empresariado não deve ficar esperando o Governo concluir o Plano Nacional de Comunicação entre Máquinas (M2M) e Internet das Coisas (IoT) e comece a investir imediatamente, pois o mercado é acelerado. De acordo com a consultoria Gartner, até 2020 mais de 20 bilhões de dispositivos diferentes, desde o eletrodoméstico mais básico até grandes containers de transporte de carga já estarão interligados pela Internet.
As expectativas do Ministério das Comunicações também são otimistas nesse sentido. Dados apontam o Brasil como o quarto país do mundo em número de objetos conectados, um total que chega a 2,5 milhões de dispositivos. A previsão do governo federal é que este número atinja a marca de 1 bilhão de artefatos capazes de enviar e receber dados sem intervenção humana até 2020.
Para que esse crescimento seja possível, o governo pretende reduzir a taxação sobre os terminais de comunicação e incentivar os investimentos privados no setor. Martinhão revelou que uma das ideias é conversar com os governos estaduais para formar parcerias e reduzir o atual valor de 40% de ICMS cobrado em cima de parte desta tecnologia.