O jornalista do UOL Fernando Rodrigues descobriu que o Governo Federal gastou em 2015 mais dinheiro com publicidade no Facebook do que com qualquer portal de internet no Brasil.
Segundo os cálculos realizados, o valor investido na rede social no mesmo período foi quase igual ao investido nos quatro maiores jornais do país juntos.
Rodrigues conseguiu os dados através da Lei de Acesso à Informação e computou que o Facebook recebeu do governo cerca de R$44,6 milhões no ano passado para fins publicitários, apresentando um crescimento de 68,5% em relação aos R$26,5 milhões gastos em 2014 na rede social. Para efeito de comparação, a verba publicitária destinada aos portais UOL (15,2 milhões), G1+Globo.com (13,9 milhões) e R7 (5,6 milhões) somam R$34,7 milhões no mesmo período.
Apenas a soma dos investimentos nos quatro maiores jornais do país em 2015 supera o valor gasto no Facebook. De acordo com o jornalista, Folha de São Paulo (13,6 milhões de reais), Estadão (10,8 milhões de reais), O Globo (12,8 milhões de reais) e Valor Econômico (9,06 milhões de reais) teriam acumulado um total de R$46,4 milhões recebidos de verba publicitária do Governo Federal no ano passado.
Sem dúvida, o alcance do Facebook no Brasil e no mundo é um gigante que não pode ser subestimado. Rodrigues também apurou que a rede social começou de forma modesta como destino do orçamento para propagandas no país: em 2010, quando o Facebook entrou na contabilidade do Governo Federal, foram destinados míseros R$ 8.100, “somando tudo o que foi gasto pelas administrações direta (Planalto e ministérios) e indireta (todas as estatais)”.
Em relação ao investimento estatal, o Twitter também teve um salto astronômico no ano passado, crescendo até muito mais que o Facebook, subindo 172% em relação a 2014, ainda que recebendo um valor bem menor em comparação ao seu rival: “apenas” R$ 12,1 milhões. Google+ e YouTube ficaram com a lanterna da verba publicitária do Governo Federal, arrecadando pouco mais de 600 mil reais em 2015, enquanto o LinkedIn conseguiu um investimento de pouco mais de três milhões de reais no mesmo período.
