O Captcha, originalmente, foi um sistema criado apenas para impedir fraudes, solicitando que o usuário insira duas palavras antes de prosseguir para determinado link, geralmente de download. Porém, além de evitar fraudes, o Captcha não tinha nenhuma outra utilidade.
Ao perceber isso, um dos inventores da ferramenta, Luis von Ahn, resolveu dar uma outra utilidade para o Captcha. Ao inserir palavras na ferramenta, o usuário agora pode estar ajudando a digitalizar livros.
Parece sem lógica, mas na verdade, não é. Quando o usuário perceber que o Captcha está escrevendo, aquela “tarefa”, na verdade, é parte do projeto ReCaptcha, e o usuário auxilia com a digitalização ao inserir corretamente a palavra.
Existe um processo automático, que digitaliza obras para o formato digital. Contudo, o computador não reconhece algumas palavras de livros mais antigos. Essas palavras não compreendidas são jogadas no Captcha, para que os usuários possam reconhecê-las e inserir a grafia delas, e assim ajudar a aumentar o acervo de livros digitais.
Para saber que os dados inseridos pelo usuário estão corretos, são sempre disponibilizadas duas palavras: uma que o computador sabe e uma não reconhecida pelo computador. Quando o usuário acerta a palavra que o computador conhece, o sistema entende, automaticamente, que o usuário também inseriu a grafia correta daquela palavra não compreendida pelo sistema.
Mais de 200 milhões de ReCaptchas são resolvidos todos os dias, e os responsáveis pelo projeto acreditam que isso totalize na digitalização de cerca de 5 milhões de livros por ano.
Confira no vídeo abaixo (em inglês) a explicação detalhada de Luis von Ahn sobre o projeto: