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Intel alerta: computadores irão ficar mais caros no Brasil ano que vem

Se você está planejando comprar um computador na Black Friday, parabéns. Porque eles vão ficar mais caros no Brasil em 2016. Quem garante esse aumento é ninguém menos que a Intel.

Para a diretora da área de Consumo da Intel no Brasil, Gisselle Ruiz Lanza, a subida dos preços é inevitável com a alta do dólar no país e a extinção da Lei do Bem.

O mercado de computadores que já estava em declínio no país com a ascensão das plataformas móveis, poderá ter um ano ainda mais difícil em 2016. A executiva revelou também que o consumidor está mais conservador: “O consumidor precisa ter bons motivos para comprar um PC novo. O valor percebido com a oferta de novas tecnologias tira um pouco a referência de preço, principalmente da mera comparação de configurações”.

O grande vilão seria mesmo a desvalorização do real, que caiu cerca de 50% em relação ao dólar, enquanto o preço médio dos computadores aumentou apenas 20% ao longo do ano. O varejista deve tentar recuperar essa defasagem ano que vem. “90% dos componentes de um PC são fortemente impactados pelo valor do dólar”, alertou Lanza.

O fim da isenção de determinados impostos que deve acontecer a partir de Janeiro de 2016 seria responsável por um aumento automático de 12% no valor de produtos eletrônicos. Existe uma possibilidade de que esta data seja adiada e a própria Intel está pressionando o governo para que a Lei do Bem seja estendida. Mas não há nada muito concreto por enquanto.

Ainda assim, Lanza está otimista sobre o mercado para 2016: “há quase 40 milhões de PCs no Brasil com mais de 4 anos de uso”, constatou a executiva. Esses aparelhos estão próximos do fim de sua vida útil e poderão ser trocados nos próximos 12 meses. A Intel tem visto um crescente interesse por dispositivos dois-em-um e isso deve impulsionar as vendas.

Outra aposta da empresa para o ano que vem seria a linha Pentium. “A gente entende que no novo portfólio de preços o Pentium é uma boa opção para aquele consumidor de baixo poder executivo. O performance do Pentium de hoje é muito melhor que a do Pentium de 5 anos atrás. E vamos trazer máquinas mais finas, mais leves, com maior duração de bateria”, apontou Lanza.