Pesquisadores da Universidade de Stanford conseguiram criar uma Inteligência Artificial capaz de identificar sinais precoces de câncer de pele a partir de fotos da área suspeita.
O algoritmo desenvolvido poderá ser aplicado no futuro em aplicativos para dispositivos móveis que permitirão que os usuários façam um diagnóstico inicial instantaneamente.
O sistema de aprendizado de máquina foi alimentado com 129.540 imagens de pele a partir de um banco de dados montado pelos próprios pesquisadores e que poderá também ser compartilhado com outros cientistas. Depois de treinada para reconhecer os sinais indicativos de câncer de pele, a Inteligência Artificial foi testada contra um time de 21 especialistas nas diferentes formas da enfermidade e obteve um índice de acerto em seu diagnóstico similar ao dos humanos, conseguindo uma taxa equivalente a 91% dos resultados dos profissionais com anos de experiência.
A ideia por trás da pesquisa, é claro, não é substituir uma consulta ao dermatologista, mas assegurar que o paciente possa identificar com rapidez um sinal suspeito na pele e procurar ajuda médica imediatamente. Assim como a maioria dos cânceres, quanto mais cedo um melanoma for detectado, maiores as chances de sobrevivência. Um câncer de pele identificado e tratado em seu estágio inicial apresenta uma taxa de cura de 97%. Em seus estágios finais, as chances de sucesso caem drasticamente para 14%.
Para que o algoritmo possa ser utilizado publicamente em um aplicativo, ele necessita ser aperfeiçoado. No momento, ele trabalha somente com imagens de altíssima resolução e precisaria ser treinado para funcionar mesmo com câmeras de qualidade média, em condições de iluminação inadequada, para evitar o risco de diagnósticos errados, que acabariam invalidando sua função e colocariam em risco a vida dos usuários. Segundo os responsáveis pela pesquisa, ainda falta um longo caminho de testes para garantir a segurança da Inteligência Artificial, antes de introduzi-la no mercado.
