DeepMind, a Inteligência Artificial do Google, conseguiu triunfar sobre mais um jogo: Montezuma’s Revenge, clássico da Atari.
O jogo é considerado um dos mais difíceis já lançados e levou meses para ser dominado pelo mesmo sistema de algoritmos que já venceu um campeão mundial de Go.
Em Fevereiro desse ano, a equipe de desenvolvimento anunciou o desafio. Nos primeiros dias, DeepMind não conseguiu marcar um único ponto. Embora seja extremamente fácil programar uma Inteligência Artificial para interpretar o código fonte de um jogo eletrônico e reagir de acordo, o algoritmo precisou aprender da mesma forma que um humano faria: na tentativa e erro, apenas observando e experimentando o que acontecia na tela. Quatro meses depois, o resultado foi bem diferente…
Para a tarefa, os pesquisadores desenvolveram um sistema de motivação intrínseca que recompensava DeepMind de acordo com sua “curiosidade”. Quanto mais experimentava e explorava o cenário, melhor a recompensa, em um processo similar ao que ocorre nos mecanismos da curiosidade no cérebro humano. O sistema funcionou: enquanto a versão do algoritmo sem a motivação explorou apenas 2 salas, a versão “curiosa” conseguiu alcançar 15 salas no mesmo espaço de tempo.
O objetivo da pesquisa é incentivar a Inteligência Artificial a buscar por soluções sozinha, aperfeiçoando seu aprendizado no processo. Os resultados do desenvolvimento da motivação intrínseca tem múltiplas aplicações na evolução da tecnologia.
