Produtos da Apple, como o iPad e o iPhone, com a inscrição “indústria brasileira” já estão disponíveis no mercado desde o mês passado. Mas o preço cobrado pelos produtos continua o mesmo e acima do praticado nos Estados Unidos, segundo denúncia do jornal Valor Econômico.
Em abril do ano passado, foi firmado um acordo entre a presidenta Dilma Rousseff e a Foxconn, fabricante autorizada dos produtos Apple, para a instalação de uma unidade de produção no Brasil. A cidade de Jundiaí, no interior de São Paulo, recebeu a primeira fábrica da Foxconn em março deste ano. Cerca de 2.500 pessoas trabalham na unidade, uma das poucas montadoras da Apple fora da Ásia.
A estratégia do governo era incentivar a produção de tablets em território nacional. Com a redução da carga tributária, estimava-se uma redução de 30% no valor do produto. Mas esta contrapartida não veio. Desde julho, os aparelhos produzidos em Jundiaí já podem ser encontrados no varejo pelo mesmo valor dos modelos que antes eram importados.
Para fins de comparação, a reportagem também cita o preço do modelo simples do mais novo iPad. Nos Estados Unidos o aparelho custa 500 dólares que, convertidos pela taxa de câmbio atual, dariam em torno de mil reais. Entretanto, o no Brasil ele é comercializado por mais de R$1.500.
Segundo analistas, não houve redução no valor dos aparelhos da Apple por conta do custos locais, como encargos trabalhistas e impostos. A Apple não se pronunciou sobre o caso.
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