Enquanto o julgamento do soldado norte-americano, que foi acusado de fornecer documentos secretos ao WikiLeaks, vai acontecendo, um novo debate vai aparecendo: afinal, tweets e páginas da internet podem ser admitidas como evidências?
A defesa do soldado Bradley Manning, de 25 anos, que está sendo acusado de fornecer mais de 700 mil arquivos para o site, em o que parece ser a maior violação de dados sigilosos na história dos EUA, afirmou que as postagens do Twitter, usadas pelos promotores, não cumprem normas do Tribunal.
Joshua Tooman, um dos advogados de Manning, afirmou ainda que “qualquer um pode criar uma página de internet que se pareça com o WikiLeaks ou Twitter”. A acusação quer que o governo aceite como evidência um tweet de 7 de maio de 2010 do WikiLeaks sobre endereços militares e uma página do site archive.org.
O defensor explicou que um investigador havia acessado os tweets indiretamente e que a evidência não conseguiu cumprir o teste de autenticidade, já que não havia nenhuma maneira de saber qual era a aparência do site quando o tweet ou página foi publicada.
Já os promotores argumentaram que todas as provas são evidências do vazamento e devem ser admissíveis. A juíza do caso, Denise Lind, ainda não se pronunciou sobre as provas. O julgamento está marcado para ser retomado no dia 26 de junho.