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Julian Assange denuncia: Google está diretamente envolvido na campanha de Hillary Clinton

Para o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, o Google está fortemente interessado nos resultados das eleições norte-americanas e está “diretamente envolvido” na campanha presidencial de Hillary Clinton.

Assange deu uma palestra em um evento na Rússia sobre o papel do jornalismo moderno e apontou para o crescimento da influência do gigante de tecnologia na esfera federal da administração pública norte-americana.

“O diretor do Google, Eric Schmidt, fundou uma empresa para conduzir o componente digital da campanha de Hillary Clinton”, lembrou o fundador da WikiLeaks. A notícia não chega a ser uma surpresa, mas é um fato que poucas vezes vem à tona: em 2015, Schmidt criou a The Groundwork, uma startup cuja função primária é “assegurar que Clinton tenha o talento em engenharia necessário para vencer a eleição” através do uso de “análise de dados” para “localizar, cortejar e reverter blocos críticos de eleitores”, segundo sua própria descrição.

Para Assange, “uma vez que Hillary Clinton se torne presidente, essas pessoas no Google, como Jared Cohen, serão posicionadas ao redor da nova presidência Clinton”. Cohen é o fundador o Google Ideas e publicamente já faz parte de um think thank do governo americano focado em política externa que estaria estudando um governo de transição para a Síria.

Essa ligação entre o Google e autoridades americanas seria muito presente desde agora, durante o governo de Barack Obama. Assange foi categórico: “o Google foi pra cama com a administração Obama de uma maneira muito significativa. É a empresa que mais visita a Casa Branca – uma média de uma vez por semana nos últimos quatro anos”.

Dados levantados pelo jornal The Intercept corroboram a afirmação polêmica de Assange: entre Janeiro de 2009 e Outubro de 2015, executivos do Google foram reunidos na sede do governo americano em 427 ocasiões oficiais diferentes.