A pulverização do mercado de dispositivos Android está aumentando, segundo um levantamento realizado pelo engenheiro de hardware Dan Luu a partir de dados do próprio Google sobre a plataforma.
A pesquisa aponta que há mais de um bilhão de dispositivos Android com pelo menos dois anos atrasados em relação à versão mais recente do sistema operacional e a tendência é que o abismo aumente.
Segundo Luu, isso é resultado da redução da velocidade de adesão de novas versões da plataforma somada ao fato de que os usuários não estão trocando seus aparelhos antigos, que continuam operando, alguns deles prestes a completar dez anos de idade. De acordo com os dados apurados, a proporção de dispositivos desatualizados é muito maior agora do que era em 2014, quando um relatório similar foi produzido.
Luu acredita que o volume de dispositivos ultrapassados seja ainda maior do que o que aparece nos resultados das pesquisas. Ao utilizar dados de mercado fornecidos pela Google Play Store sobre dispositivos que acessaram a loja nos últimos sete dias, está se analisando um segmento de dispositivos que não apenas se conecta com a loja oficial da plataforma como também está sujeito a atualizações automáticas.
Do ponto de vista da segurança, essa legião de dispositivos desatualizados representa uma superfície de ataque sem precedentes, expostos a vulnerabilidades que já são de conhecimento público e foram consertadas na plataforma.
Além disso, a quantidade de aparelhos sem suporte a novas API do Android estaria freando os desenvolvedores, receosos de implementar funcionalidades em seus aplicativos que estariam disponíveis somente para uma parcela reduzida de usuários.
