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Mark Zuckerberg também condena eventos de Charlottesville

Os trágicos eventos acontecidos em Charlottesville nesse final de semana ainda estão repercutindo na opinião pública e no Vale do Silício e Mark Zuckerberg é o mais recente grande nome a condenar o que aconteceu.

Quatro dias após a morte de Heather Heyer na escalada dos confrontos, o fundador do Facebook utilizou seu espaço pessoal na rede social para se posicionar: “não há lugar para o ódio na nossa comunidade”.

A empresa já vinha removendo links e postagens relacionadas aos grupos neonazistas e supremacistas brancos que participaram das manifestações em Charlottesville, mas o silêncio de Zuckerberg, geralmente um dos primeiros a expor suas opiniões publicamente, foi inesperado. Esse silêncio foi quebrado somente no final da tarde da quarta-feira quando o CEO do Facebook publicou a mensagem que você lê na íntegra logo abaixo:

Não nascemos odiando um ao outro. Nós não nascemos com pontos de vista tão extremos. Talvez não possamos resolver todos os problemas, mas todos nós temos a responsabilidade de fazer o que pudermos. Eu acredito que podemos fazer algo sobre as partes da nossa cultura que ensinam uma pessoa a odiar outra pessoa.

É importante que o Facebook seja um lugar onde as pessoas com diferentes pontos de vista possam compartilhar suas idéias. O debate é parte de uma sociedade saudável. Mas quando alguém tenta silenciar os outros ou atacá-los com base em quem eles são ou o que eles acreditam, isso nos magoa a todos e é inaceitável.

Não há lugar para o ódio na nossa comunidade. É por isso que sempre tiramos qualquer postagem que promova ou celebre crimes de ódio ou atos de terrorismo – incluindo o que aconteceu em Charlottesville. Com o potencial para mais manifestações, estamos observando a situação de perto e iremos derrubar ameaças de danos físicos. Nós não seremos sempre perfeitos, mas você tem meu compromisso de que nós iremos continuar trabalhando para tornar o Facebook um lugar onde todos possam se sentir seguros.

Os últimos dias foram difíceis de processar. Eu sei que muitos de nós estão perguntando de onde esse ódio vem. Como judeu, é algo que me perguntei muito na minha vida. É uma desgraça que ainda precisamos dizer que os neo-nazistas e os supremacistas brancos estão errados – como se isso não fosse óbvio. Meus pensamentos estão com as vítimas do ódio em todo o mundo, e todos os que têm a coragem de enfrentá-lo todos os dias.

Pode haver sempre algum mal no mundo, e talvez não possamos fazer nada sobre isso. Mas há muita polarização em nossa cultura, e podemos fazer algo sobre isso. Não há suficiente equilíbrio, nuance e profundidade em nosso discurso público, e acredito que podemos fazer algo sobre isso. Precisamos aproximar as pessoas, e sei que podemos progredir nisso.