A Copa do Mundo da Computação da Microsoft reconheceu na quinta-feira as três equipes campeãs da fase nacional da 14ª edição do torneio, no Auditório Juscelino Kubitschek, em Belo Horizonte (MG).
Os vencedores são estudantes de Belo Horizonte, São Paulo e Joinville, concorreram com mais de 1.600 participantes e criaram projetos que utilizam a tecnologia para melhorar a vida das pessoas.
O mais inovador dos três projetos será selecionado para representar o Brasil na fase mundial, em Seattle (EUA), e concorrer com mais de 100 países ao prêmio de 50 mil dólares. Mais de 200 mil brasileiros já participaram do campeonato e, em nove das quatorze edições, equipes nacionais foram reconhecidas. O Brasil foi o grande vencedor da última edição, em 2015, com o time E-FitFashion, da USP.
A última etapa da competição nacional deste ano ocorreu pela primeira vez no estado de Minas Gerais. “Essa cerimônia, aqui em Belo Horizonte, veio coroar todo o objetivo dessa competição que é abrir novos caminhos, estimular os estudantes a transformar suas ideias em um negócio e propor soluções inteligentes para a sociedade. As inovações apresentadas nesse ano surpreenderam tanto nós da Microsoft como os jurados e membros do governo mineiro”, comentou o Diretor de Inovação e Novas Tecnologias da Microsoft Brasil, Richard Chaves.
Os estudantes da PUC-MG, Alessandra Faria de Castro, Érico Grasso, Ramon Coelho de Souza e Daniel Sanabria desenvolveram o game Sonho de Jequi e foram vencedores na categoria Games. No jogo educativo, é possível conhecer o Vale do Jequitinhonha e seu objetivo é coletar água, já que a seca é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos moradores da região. Ao final de cada fase é apresentada uma tela com a realidade local e o jogador tem a opção de fazer uma doação em dinheiro para ajudar as pessoas que vivem nas zonas áridas de Minas Gerais.
Mais de 1,25 milhão de pessoas morrem por ano no mundo vítimas de acidentes de trânsito segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde) e o Brasil está entre os países que têm o trânsito mais perigoso. A situação motivou os alunos Lucas Casagrande, Alexandre Viebrantz e Eduardo Garcia da UNISOCIESC a buscarem uma solução. Eles criaram o projeto vencedor na categoria Inovação, chamado WitBox: uma caixa-preta veicular que apresenta evidências para auxiliar a reconstituição de acidentes automobilísticos ao trazer informações úteis para perícias técnicas.
Já os estudantes Lucas Magon e Talita Dias, da Universidade de São Paulo (USP), foram consagrados na categoria Cidadania por um projeto que começou a ser desenvolvido há três anos e já foi testado por mais de 1.000 pessoas. É o Bridge, uma plataforma de apoio para que crianças com limitações cognitivas e motoras, como paralisia cerebral e distrofia muscular, possam realizar pequenos movimentos e fisioterapia usando jogos adaptados e divertidos.
A novidade deste ano foi o voto popular. Os estudantes participaram de uma campanha nas redes sociais que garantiu maior visibilidade aos seus projetos e respectivos autores. Essa foi uma maneira que a Microsoft encontrou para incluir o público no torneio e o grande vencedor na internet também foi a equipe responsável pelo Bridge.
