O governo brasileiro decidiu usar contas falsas em aplicativos de namoro para promover a prática do sexo seguro, mas nem todo mundo ficou feliz com a campanha.
No início desta semana, o Ministério da Saúde anunciou que tinha criado perfis falsos no Tinder e Hornet apresentando homens e mulheres atraentes que afirmavam estar buscando sexo casual, sem preservativo.
Quando o usuário passava para a direita (mostrando interesse no perfil), recebia uma mensagem direta muito diferente: “Atenção, é difícil saber quem é portador de AIDS. Se divirta, mas se proteja. Esta é uma campanha do Ministério da Saúde.”
A campanha foi lançada por causa do Carnaval, que começa nessa sexta-feira (13) e devido ao aumento de jovens com AIDS no país. “O que mais preocupa são os jovens de 15 a 24 anos que assumiram uma prática sexual desprotegida apesar de saber quais são os riscos. 94% sabem que para prevenir a Aids é preciso usar camisinha, mas 46% admitem fazer sexo sem preservativo com parceiro casual”, afirmou o ministro Arthur Chioro.
Mas ontem, Rosette Pambakian, vice-presidente de comunicação corporativa do Tinder, informou ao ministério via Twitter que os perfis seriam removidos, citando violações dos termos de serviço da empresa.
Depois disso, o Ministério revelou que os perfis falsos estiveram ativos somente durante 10 dias e que já foram retirados do site.
O Ministério também fez questão de explicar que “os termos de uso do aplicativo Tinder se resumem a proibição de uso comercial” e que “a campanha teve uso institucional com o objetivo de informar sobre a importância da prevenção e do sexo seguro. Portanto, não há uso comercial e comprometimento das políticas de uso”.
