O Ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, afirmou que os e-mails utilizados pelas entidades que integram o governo irão ganhar mais segurança, para evitar a interceptação e o monitoramento ilegal de informações.
De acordo com o ministro, a presidente Dilma já determinou que o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) será o novo fornecedor de correio eletrônico para a administração pública federal. A presidente deverá assinar um decreto federal nos próximos dias, definindo um cronograma para que todos os órgãos ligados ao governo, como ministérios, autarquias e fundações, se adequem às novas regras.
-Estamos prevendo um cronograma gradual de transição, terminando no segundo semestre de 2014. Portanto, achamos que os órgãos públicos terão um prazo razoável para se adequar – afirmou Paulo Bernardo.
Ele acredita que o serviço do Serpro vai cumprir as obrigações de não permitir que as contas de e-mail sejam invadidas, de modo a respeitar o direito de privacidade e sigilo das correspondências.
O ministro explicou que os e-mails estarão protegidos desde que não caiam em redes abertas de e-mail. Ele afirma que a intenção do governo é utilizar todas as redes que possui atualmente, como as da Telebras, da DataPrev e a do próprio Serpro, para fortalecer a proteção das comunicações oficiais.
A ferramenta criada pelo Serpro se chama Expresso, e já está sendo testada pelo Ministério das Comunicações. A plataforma deve ser adotada oficialmente em breve. O ministro Paulo Bernardo acredita que a adoção do Expresso por toda a administração pública irá reduzir os custos na aquisição de licenças, e essa verba poderá ser revertida para a realização de investimentos no desenvolvimento de novas ferramentas.
Há também o desenvolvimento de um serviço de e-mail mais seguro, voltado para a população. O serviço está sendo desenvolvido pelo Serpro e pelos Correios, e ganhou mais notoriedade após as denúncias de monitoramento ilegal de informações de brasileiros na internet. Por conta das denúncias, o governo solicitou aos Correios que arrumasse uma forma de viabilizar o serviço gratuitamente a toda a população, como uma alternativa aos serviços convencionais de e-mail.