Tem gente por aí que morre de medo de robôs, mas o que você diria de pequenas unidades dotadas de inteligência própria rastejando por cima da roupa que você está vestindo?
Se essa ideia parece pavorosa, ela está sendo cogitada a sério e testada por um grupo de engenheiros das universidades norte-americanas de Stanford e MIT.
Batizada de Projeto Kino, a pesquisa desenvolveu robôs que utilizam magnetos para “passear” em diferentes trajetos por roupas que não precisam ser previamente preparadas. Inicialmente eles estão sendo apresentados como um tipo de moda high-tech, seja como joias artificiais que mudam de configuração ou padrões volúveis por cima do tecido. “Com wearables que possuem qualidades híbridas do que é vivo e do que foi manufaturado, nós exploramos uma nova ecologia do corpo para a simbiose homem-wearable“, afirma a pomposa descrição.
Embora, talvez, o efeito obtido não seja exatamente o de elegância… confira o resultado:
Entretanto, o objetivo dos pesquisadores vai muito além da ornamentação. “Nós estamos pensando nesses wearables como assistentes pessoais. Nós pensamos no futuro, quando eles poderão ter seu próprio cérebro, quando eles poderão aprender seus hábitos, aprender seu estilo profissional e, quando eles se tornarem menores, eles poderão se mesclar com as coisas que você veste”, explica Cindy Hsin-Liu Kao, uma das desenvolvedoras envolvidas no Projeto Kino.
Entre as possibilidades testadas agora estão robôs modulares que podem reagir às necessidades do momento. Desta forma, sensores de temperatura poderiam fazer com que as unidades fechassem o capuz de um casaco automaticamente, assim como, ao detectar uma ligação, os robôs poderiam se configurar como um microfone próximo à boca do usuário ou vibrar no pulso para receber uma notificação.
