Oculus Rift
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nVidia: poucos PCs em 2016 estão prontos para dispositivos de realidade virtual

Quando os requisitos para o Oculus Rift foram revelados, muitos se assustaram, e com razão. Alguns meses se passaram e, não, por enquanto não temos razão alguma para acreditar que a situação irá mudar, pelo menos a curto prazo.

Segundo a nVidia, poucos computadores em 2016 contarão com o hardware necessário para suportar dispositivos de realidade virtual como o Oculus Rift e o HTC Vive. Segundo a famosa fabricante de placas de vídeo, em 2016, apenas 13 milhões de PCs serão capazes de oferecer suporte à tecnologia, o que corresponde a menos de 1% do total de computadores que a empresa de consultoria Gartner estima que estejam em uso no mesmo ano, no mundo todo.

Os dispositivos de realidade virtual são bastante exigentes no que diz respeito ao hardware. Tamanho “poder de fogo” é necessário porque, basicamente, temos dois monitores funcionando simultaneamente (um para cada olho), com taxa de atualização de 90Hz e com resoluções bem altas (algo em torno de 2160×1200).

Isto é necessário até mesmo para evitar problemas ao usuário, incluindo enjoos. Tais resoluções e taxas de atualização são necessárias, além disso, para garantir a qualidade e a fluidez necessárias para convencer o nosso cérebro de que as imagens são “reais”.

Oculus Rift

A exigência de que os usuários possuam pelo menos uma placa de vídeo nVidia GeForce GTX 970 instalada, para poder usufruir de dispositivos como o Oculus Rift, por exemplo, é algo que não pode passar despercebido e que contribui para fazer com que a realidade virtual ainda pareça algo um tanto quanto distante.

Tal placa custa atualmente algo em torno de US$ 340,00, enquanto consoles de última geração, como Xbox One ou PlayStation 4, custam a mesma coisa ou um pouco mais (lá fora, obviamente – em terras tupiniquins e com o custo Brasil tudo pode ficar muito, muito pior). E em relação ao Oculus Rift, especificamente, a situação pode ser um tanto quanto pior, uma vez que o dispositivo requer também um processador i5 e 8GB de memória RAM, algo que nem todos os computadores da atualidade possuem.

A nVidia, entretanto, se mostra um tanto quanto otimista em relação ao futuro da realidade virtual, aguardando que o número de computadores capazes de suportar a tecnologia alcance a marca de 100 milhões até 2020. A empresa também espera que a demanda por tais dispositivos ajude a impulsionar as vendas de placas de vídeo, obviamente.

Realidade virtual imersiva requer sete vezes mais poder de processamento gráfico que aquele necessário para games e aplicações 3D tradicionais. Entregar realidade virtual é um desafio complexo“, disse Jason Paul, gerente geral da nVidia.