Categorias

O ocaso de Marissa Mayer

Desde ontem, o Yahoo faz parte oficialmente da Verizon e sua CEO Marissa Mayer sai da História da tecnologia para aceitar a própria aposentadoria.

Depois de cinco anos à frente do Yahoo, a executiva confirmou seu afastamento das operações após a finalização da compra da empresa e encerrou meses de incertezas.

Todo o acervo do Yahoo passará a fazer parte da Oath, que irá mesclar a marca com as propriedades da AOL e consolidá-las debaixo do mesmo teto: Huffington Post, Yahoo Finanças, Tumblr, Engadget, Alto, TechCrunch, Yahoo Mail e outros sites e serviços, mais de 50 no total, todos eles agora fazem parte da família Oath, ainda que preservando sua identidade. Por enquanto, Yahoo será um nome que ainda estará presente no cotidiano de muitas pessoas.

Mas Marissa Mayer não estará lá para testemunhar essa guinada na empresa que ajudou a crescer nos últimos anos e seu futuro agora é incerto. Tim Armstrong, CEO da AOL, assumiu o cargo de CEO da Oath. Através de sua conta no Tumblr, Mayer publicou que “dada as inerentes mudanças em meu papel, eu estarei deixando a empresa. Entretatno, eu quero que todos vocês saibam que eu estou repleta de nostalgia, gratidão e otimismo”.

A executiva foi celebrada na época de sua contratação para o cargo de CEO do Yahoo, depois de uma passagem majestosa pelo Google, mas encerrou sua carreira com dúvidas sobre sua competência. Há quem diga que o Yahoo estava em uma espiral inevitável para a irrelevância, há quem diga que a queda foi acelerada sob a gestão de Mayer. Ela também aproveitou sua postagem de despedida no Tumblr para enumerar suas realizações nos cinco anos em que esteve à frente do Yahoo.

O fato é que o valor de mercado do Yahoo triplicou durante os anos em que a executiva comandou a empresa. Entretanto, essa valorização foi mais impulsionada pelas ações adquiridas da Alibaba, antes da chegada de Mayer. Esses investimentos não fazem parte do Yahoo que foi comprado pela Verizon e foram destacados em uma entidade separada, renomeada como Altaba. Para os acionistas e para a Verizon, no final das contas, foi uma matemática mais simples que determinou a saída de Marisa Mayer e o fim de uma era.