A exploração de uma brecha de segurança no site Twitter, ocorrida essa semana, pode não afastar os executivos de grandes corporações do microblog; pelo menos não já.
Uma “webtástrofe”
Denominado de webtastrofe, a ocorrência foi contida pelo Twitter ainda nas primeiras horas. Mesmos assim várias contas foram vitimadas, desde pessoas comuns até o Twitter oficial da Casa Branca dos EUA. Eis que surge a pergunta: de que maneira essa falha vai afetar o uso do microblog por parte dos usuários de corporações, qua avaliam a possibilidade de entrar para essa rede ou já estão nela há tempos?
Dezenas de empresas vem tuitando com clientes. Empresas aéreas, vendedores e fabricantes de computadores entram para as esferas sociaiss da internet, como o Twitter e o Facebook, à medida que montam suas próprias equipes para gestão de redes sociais.
Ocorre que se ataques dessa natureza persistirem, as empresas podem começar a procurar por alternativas mais seguras, afirmam analistas.
Foi uma lição
Eu acho que foi uma lição valiosa, afirma o analista da Current Analysis, Brad Shimmin. As redes sociais atraem um tráfego espantosamente grande. Ocorre que nem sempre os níveis de segurança correspondem aos exigidos pelos clientes desses serviços. Se fizer uma comparação com outros grandes sites, acho que o Twitter não está condenado, mas eles precisam levar essa questão mais a sério do que demonstrado na terça-feira, diz.
Shimmin reforça seus argumentos sobre segurança ao afirmar que o Twitter demorou tempo demais para reagir à exploração de uma falha daquela natureza. Segundo ele, vários usuários haviam descoberto a falha antes do próprio site anunciar o que estava acontecendo. “Não é justo os usuários terem de procurar por soluções em produtos e sites de terceiros. Está óbvio que esses serviços precisam se antecipar nesse tipo de comunicado e em corrigir essas falhas. Eles precisam agir como agiria uma organização.
Mudança de hábito
Na perspectiva de Dan Olds, analista do The Gabriel Consulting Group, o Twitter deve superar essa crise com relativa facilidade, contanto que não aconteça algo semelhante novamente. O lado positivo disso tudo é que as pessoas vão avaliar melhor o quanto confiam no Twitter, diz Olds. Certamente, um pouco de cautela é exigida de agora em diante, mas não acredito que vá haver um êxodo de pessoas abandonando o Twitter, ou mudando significativamente os hábitos de uso do microblog. Mas tudo depende de não acontecer algo parecido novamente algo que grave um sinal de alerta na mente das pessoas quando ouvirem a palavra ‘Twitter’ ou o site estará com problemas”.
Correndo o risco
Na perspectiva do analista Rob Enderle, da Enderle Group, sempre haverá executivos dispostos a encarar esse tipo de problema para manter contato com os clientes, fãs, seguidores etc. Mas ele concorda com a a ideia de que novos ataques podem trazer sérias complicações aos planos da empresa.
Tudo depende de quantas vezes mais isso vai acontecer, mas enquanto as pessoas quiserem falar no Twitter, as empresas e as organizações vão enfrentar essas questões e usar a ferramenta, diz. Se os usuários abandonarem o Twitter para migrar, as empresas vão seguir.
Conclusão
Shimin e Enderele concordam em uma coisa: O Twitter deve montar uma equipe para reagir em casos de desastres como esse.
Fica evidente que o Twitter não desenvolveu, ainda, uma equipe para dar conta de desastres iguais a esse. Até lá, estarão expostos a riscos dessa natureza e vulneráveis ao abandono dos usuários, diz Enderle. Essa precaução será espelhada nas decisões de empresas de entrar para o microblog ou não, finaliza.
Com informações de IDG Now.
