Jason Rubin, Vice-Presidente de conteúdo da Oculus, anunciou no final da noite desta quinta-feira o fechamento do Oculus Story Studio, divisão de criação de experiências interativas em Realidade Virtual da empresa.
Com a decisão estratégica tomada pelo Facebook, proprietário da Oculus, a empresa sai da produção de conteúdo para a plataforma para se concentrar na produção de dispositivos de hardware e financiamento de projetos de terceiros.
Segundo Rubin, é um movimento natural no momento em que o Oculus Rift se encontra: “agora que uma larga comunidade de cineastas e desenvolvedores estão comprometidos com a forma de arte narrativa em Realidade Virtual, nós iremos nos focar em financiar e apoiar seu conteúdo”. E completou: “isso nos ajuda a mudar nossa pesquisa interna, desenvolvimento e atenção em direção a problemas empolgantes e ainda não resolvidos”.
Mas a notícia caiu como uma bomba entre os 50 funcionários que estavam no meio do desenvolvimento de um novo projeto. Segundo o comunicado oficial, os profissionais terão a opção de serem absorvidos em outras áreas da Oculus. Ainda assim o fim abrupto do Oculus Story Studio representa um baque para a equipe que chegou a ganhar um inédito prêmio Emmy em Setembro do ano passado com o curta de animação Henry.
O diretor do curta premiado, Ramiro Lopez Dau, havia saído da Pixar, onde ajudou como animador das produções de Valente e Carros 2, para participar do estúdio montado pela Oculus. Na ocasião chegou a afirmar: “nós queríamos mostrar que a Realidade Virtual é uma forma de arte – um espaço que saúda os contadores de histórias e que mesmo nesse estágio muito, muito inicial pode ser uma ferramenta poderosa para contar histórias”.
O projeto seguinte do Oculus Story Studio seria uma adaptação para a Realidade Virtual de “The Wolves in the Walls”, do escritor inglês Neil Gaiman. Previsto para ser lançado até o final do ano, teria sido o quarto produto da equipe para a plataforma, mas agora foi oficialmente cancelado.
