Alguns órgãos públicos europeus sofreram ataques virtuais na quarta-feira, através de uma falha em um software da Adobe, segundo alguns pesquisadores de segurança digital. Eles também acreditam que computadores da Otan também podem ter sido invadidos.
A aliança militar informou que seus sistema não foram comprometidos, mas os detalhes do ataque estão sendo passados para Estados membros da Organização do Tratado ao Atlântico Norte.
Especialistas em segurança digital afirmam que governos e organizações como a Otan são atacados diariamente, mas com diferentes graus de sofisticação. Eles acreditam que esses ataques foram inovadores, e pode haver motivos políticos por trás desse ataque.
O Kaspersky Lab, da Rússia, e o Laboratório de Criptografia e Segurança de Sistemas (CrySys), da Hungria, afirmaram que, entre os alvos dos ataques, estão os governos da Irlanda, Romênia, Portugal e República Tcheca. Eles também afirmaram que o malware, batizado de MiniDuke, atacou uma instituição de estudos, um instituto de pesquisas e um provedor de serviços de saúde dos Estados Unidos, um importante instituto de pesquisas da Hungria, e algumas entidades na Bélgica e Ucrânia.
O pesquisador-sênior de segurança da Kaspersky Labs, Kurt Baumgartner, não quis especular sobre de quem seria a responsabilidade, mas suspeita que o MiniDuke seja um software de espionagem, e afirmou que os pesquisadores estão tentando descobrir o objetivo do ataque.
– Este é um tipo ímpar, novo e muito diferente de ataque. Os indicadores técnicos mostram que esse é um novo tipo de ameaça que não havia sido relatada antes – afirmou.
O MiniDuke explora uma falha localizada no Reader e no Acrobat, da Adobe. A companhia informou que uma correção disponibilizada na semana passada pode proteger os usuários do malware, mas a atualização precisa ser instalada.
Ainda não está clara a gravidade do ataque, quais foram os alvos e qual é o grau de alerta que os governos europeus se encontram por conta desta situação.
