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Pai de vítima de atentados em Paris abre processo contra Twitter, Google e Facebook

Reynaldo Gonzalez, pai da estudante Nohemi Gonzalez, assassinada durante os atentados de Paris do ano passado, abriu um processo na Justiça norte-americana contra o Twitter, o Google e o Facebook.

De acordo com o processo, as redes sociais e o Google seriam responsáveis por permitir o crescimento do grupo terrorista ISIS, autor dos ataques que mataram 130 pessoas em Novembro de 2015.
“Por anos, os acusados notoriamente tem permitido que o grupo terrorista ISIS utilize suas redes sociais como uma ferramenta para espalhar propaganda extremista, levantar fundos e atrair novos recrutas. Esse apoio material tem sido fundamental para a ascensão do ISIS”, esclarece o processo logo em sua introdução. As alegações são similares ao de um outro processo aberto contra o Twitter no início do ano.

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Reynaldo Gonzalez chora durante o funeral de sua filha.

O processo alega que sem a existência do Twitter, do Facebook e do YouTube, “o crescimento explosivo do ISIS nos últimos anos para o mais temido grupo terrorista do mundo não teria sido possível”. Reynaldo Gonzalez também acusa o Google de ter recebido uma parte do faturamento publicitário conquistado com a exibição de vídeos postados pelo grupo radical islâmico no YouTube.

Tanto o Twitter quando o Facebook já se manifestaram para imprensa sobre o processo e afirmaram que ele “não tem mérito”. O Google, por enquanto, se recusou a comentar a respeito do caso. Recentemente, as três empresas, mais a Microsoft, assinaram um pacto para aumentar o combate ao discurso de ódio na web.