Até o Papa Francisco está revoltado com a invasão das notícias falsas na mídia e nas redes sociais e comparou o fenômeno com a coprofilia , o distúrbio psicológico de consumir excremento.
Para o Sumo Pontífice de Roma, temas como difamação de políticos e obsessão por escândalos são os piores pecados que o jornalismo pode cometer.
Em uma entrevista ao semanário católico Belga Tertio, o Papa foi categórico em seu repúdio e afirmou que a desinformação é “o maior dano que a mídia pode fazer”. Sua Santidade também pediu desculpas antes de abordar a coprofilia: “eu acho que a mídia tem que ser muito clara, muito transparente e não cair – sem querer ofender – na doença da coprofilia, ou seja, sempre querer cobrir escândalos, cobrir coisas sórdidas, mesmo se elas sejam verdadeiras. E uma vez que as pessoas tenham uma tendência para a doença da coprofagia, muito dano pode ser feito”.
Para o Papa Francisco, a mídia deve ser utilizada para educar e esclarecer a população e qualquer desvio dessa função deve ser encarada como um pecado. Ele declarou que é errado “direcionar a opinião em apenas uma direção e omitir a outra parte da verdade”.
Durante a corrida presidencial norte-americana, notícias falsas dos dois lados da disputa teriam sido utilizadas por apoiadores tanto de Hillary Clinton quanto de Donald Trump. Uma campanha mais presente e agressiva de notícias falsas teria garantido a vitória do candidato Republicano, na opinião de alguns analistas. Uma destas notícias falsas que circulou ativamente nas rede sociais garantia que o Papa Francisco teria endossado a candidatura de Trump, mas não passava de um boato, desmentido pelo Vaticano.