Segundo representantes da American Immigration Lawyers Association (Alia), autoridades nos aeroportos estavam checando os perfis de Facebook de quem tentava entrar no país nesse final de semana.
A Alia, que representa os imigrantes que desejam entrar legalmente nos EUA, alertou que a prática é antiga e questionável e foi novamente utilizada após a ordem executiva de Donald Trump de sexta-feira.
Os agentes fronteiriços estariam analisando o perfil político de imigrantes, inclusive aqueles com green card e permissão prévia para adentrar no país, interrogando e checando o perfil de rede social antes de conceder a entrada no território norte-americano. A advogada Mana Yegani, de Houston, membro da Alia, testemunhou os abusos: “essas são pessoas que estão vindo legalmente. Elas tem empregos aqui e elas tem veículos aqui”, protestou.
Segundo a Electronic Frontier Foundation, ONG que atua há décadas na defesa da privacidade e dos direitos civis no espaço virtual, há um entendimento jurídico que a polícia da fronteira pode vistoriar dispositivos eletrônicos e conferir listas de contados ou perfis sociais mesmo sem a suspeita de atividade ilegal. Áreas como aeroportos internacionais são considerados territórios de fronteira para esse fim, apesar da controvérsia.