Uma pesquisa conduzida pela Universidade Friedrich-Alexander, na Alemanha, confirmou o que muita gente já suspeitava: metade das pessoas clica em qualquer coisa, sem avaliar os riscos.
O teste foi realizado com 1.700 estudantes da instituição e conduzido pelo Departamento de Computação logo depois do Ano Novo, mas os resultados só foram divulgados agora.
Para a realização do teste, foram criadas 10 contas de rede social e 10 endereços de e-mail falsos, a partir de uma seleção de nomes populares na Alemanha. A partir destas contas, foram enviados links em segredo para os participantes da pesquisa, contendo supostas fotos da festa do Ano Novo. Foram enviados dois tipos de mensagens diferentes: o primeiro conjunto continha o nome inicial da vítima no assunto ou corpo da isca, uma tática fácil de implementar em ataques de phishing; o segundo conjunto não estava endereçado, mas possuía mais detalhes sobre a tal festa.
Mesmo sem conhecer os falsos usuários, 56% dos participantes clicaram no link enviado por e-mail que continham o seu nome, enquanto 37% dos destinatários no Facebook caíram no mesmo engodo. Em contrapartida, a mensagem com mais detalhes da festa, mas anônima, alcançou mais sucesso na rede social, enganando 42% dos alvos, contra somente 20% de vítimas por e-mail. Ao clicarem no link, em todos os casos os participantes eram enviados para uma página com mensagem de acesso negado, mas que secretamente computava os cliques e sua origem.
Para o Dr Zinaida Benenson, responsável pelo estudo, o resultado foi surpreendente, uma vez que “78% dos participantes afirmaram no questionário que eles estavam cientes dos riscos de links desconhecidos. E apenas 20% do primeiro conjunto e 16% do segundo estudo disseram que tinham clicado no link”. Cruzando os dados, Benenson acabou descobrindo que 45% dos que se gabaram de terem conhecimentos tecnológicos acabaram caindo no golpe que trazia seus nomes. E, mesmo no segundo caso, 25% acabaram clicando na isca.
