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Pesquisadores querem adiantar espaçonave para Alpha Centauri

Quando o cientista Stephen Hawking e o bilionário russo Yuri Milner anunciaram o Projeto Starshot de enviar uma nave para Alpha Centauri, não imaginaram o que aconteceria meses depois.

Astrônomos descobriram na semana passada a existência de um exoplaneta orbitando uma das estrelas do sistema duplo e que pode ter vida sustentável e isso incendiou o projeto da espaçonave.

O Starshot é um veículo que cabe na palma da mão e que pode ser enviado para nosso vizinho distante, usando uma nova e revolucionária tecnologia de propulsão baseada em um feixe de laser que o colocaria em seu destino após uma viagem de 20 anos. Inicialmente, os pesquisadores envolvidos acreditavam que não conseguiriam colocar o projeto para funcionar antes de um período de testes que poderia durar outras duas décadas. Agora, já se acredita em encurtar esse tempo com o interesse despertado pelo sistema de Alpha Centauri.

starshot

Para Abraham Loeb, diretor do departamento de Astronomia da Universidade de Harvard e membro consultor do comitê do Projeto Starshot, “a descoberta (do exploplaneta) muito provavelmente vai energizar o projeto. Ela oferece um objetivo óbvio para uma missão de exploração”. De acordo com Loeb, a nanoespaçonave poderia ser equipada com sensores que dariam aos pesquisadores da Terra uma visão bastante clara da natureza do planeta, impossível de se obter com a tecnologia atual.

O tempo de pesquisa para lançar a Starshot poderia ser encurtado para 5 ou 10 anos de acordo com os investimentos. Loeb detalhou que a maior parte dos esforços seriam concentrados na produção do feixe emissor de laser que serviria de propulsão para a nanonave. Com essa parte da tecnologia desenvolvida, o custo de produção da espaçonave em si seria irrisório e uma frota de centenas delas poderiam ser disparadas por ano em direção às estrelas.

Uma frota completa delas dentro do sistema de Alpha Centauri conseguiria formar uma rede de transmissão com chances muito maiores de enviar informações de volta para a Terra. Entretanto, a distância é tamanha que os dados ainda demorariam 4 anos para retornarem. Na melhor das hipóteses, sem nenhum imprevisto, não conseguiríamos a resposta definitiva se o exoplaneta possui vida ou não antes de 2056.