O primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan acaba de colocar mais combustível em sua guerra contra redes sociais: Erdogan criticou a decisão da Corte Constitucional de acabar com o bloqueio do Twitter.
Erdogan afirmou que considera as decisões contrárias aos “valores nacionais”. “Devemos aplicar, é claro, a decisão da Corte Constitucional, mas não a respeito. Não respeito este veredicto”, declarou o primeiro-ministro à imprensa antes de embarcar em um avião rumo ao Azerbaijão.
Alvo de graves acusações de corrupção, o primeiro-ministro turco declarou guerra às redes sociais ordenando o bloqueio do Twitter no dia 20 de março e do YouTube no dia 27 para impedir a difusão de vídeos vazados comprometedores. Enquanto fazia suas declarações contra a Corte, outro tribunal votou e retirou também o bloqueio do serviço de compartilhamento de vídeos do Google.
“Nossos valores nacionais, morais, foram ridicularizados. Tudo, incluindo os insultos contra um primeiro-ministro e vários ministros eram, no entanto, evidentes”, lamentou Erdogan, acrescentando que a situação “não tem nada a ver com as liberdades”.
Depois da vitória de seu partido no domingo, Erdogan, que dirige o país desde 2003, pretende se apresentar às eleições presidenciais de agosto, disputadas pela primeira vez por sufrágio universal direto.