Um estudo realizado pelas Universidades do Sul da Califórnia e de Indiana apontou que podem existir até 48 milhões de contas no Twitter operadas automaticamente por bots.
De acordo com o levantamento independente, entre 9 e 15% de todos os tuítes que circulam pela rede social não foram gerados por seres humanos.
Foram utilizados mais de mil características diferentes para identificar mensagens criadas automaticamente, classificadas em seis categorias e o resultado é bem mais alto do que a estimativa oficial do próprio Twitter. Em seu relatório de evolução mais recente, a rede social calculou em torno de 8.5% o número de contas de bots em sua plataforma, o que dá cerca de 27 milhões de perfis administrados de forma automática, sem intervenção humana.
Entretanto, os próprios pesquisadores alertam que o teto de 15% para o percentual de bots no Twitter é uma “estimativa conservadora” e reconhecem que existe uma grande variedade de programas e algoritmos de alta complexidade que podem burlar as técnicas atuais de identificação.
Esse exército automatizado da rede social pode ser utilizado para uma variedade de operações, desde a manutenção de contas focadas em conteúdo humorístico e retuítes até mesmo em aplicações de golpes eletrônicos, divulgação de spam ou ferramenta política. Um estudo realizado no ano passado pela mesma Universidade de Indiana detectou que 19% das mensagens publicadas no Twitter relacionadas às eleições norte-americanas haviam sido geradas por bots, acima do teto registrado esse ano, o que indica o forte interesse no uso de algoritmos para fins de campanha.