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Rivais desconsideram ameaça da plataforma móvel Google

Em 9 anos o Google é a quinta empresa nos EUA
Os rivais do Google vêem o líder das buscas na web como um concorrente que chegou atrasado ao mercado de telefonia móvel e dizem que o plano da empresa para ter software voltado a celulares pode promover mais uso da Internet nos aparelhos, mas não ameaçará concorrentes já estabelecidos.

Os analistas, no entanto, dizem que os Google talvez seja capaz de perturbar o status quo no setor de telefonia móvel, dominado por um pequeno grupo de grandes fabricantes de celulares e por operadoras regionais de telefonia que muitas vezes exercem controle rígido sobre as escolhas dos clientes.

Os planos do Google, anunciados na segunda-feira, colocarão a empresa em disputa direta contra rivais como a líder entre os produtores de celulares, a Nokia, bem como Microsoft, Apple e Research in Motion, fabricante do Blackberry. Cada uma dessas empresas propõe um sistema operacional diferente para os celulares.

“Se o Google não estivesse envolvido o setor teria simplesmente bocejado e continuado a dormir”, disse ao site da Reuters John Forsyth, vice-presidente de estratégia da Symbian, produtora britânica de sistemas operacionais para celulares.

Construir uma plataforma sobre um sistema operacional de fonte aberta e projetado coletivamente, com base no Linux, será difícil, ele afirma.

A Nokia, que detém participação de 48 por cento na Symbian, era a ausência mais notável na lista de mais de 30 colaboradores que o Google divulgou sobre o projeto de software de fonte aberta para aparelhos móveis.

“Não consideramos que isso represente uma ameaça”, disse um porta-voz da Nokia.

Uma porta-voz da UIQ, uma produtora de software para celulares inteligentes controlada pelas fabricantes de celulares Sony Ericsson e Motorola, disse que “em termos gerais, é uma notícia positiva para o setor”.

O Google anunciou que trabalharia em colaboração com algumas das maiores empresas mundiais de telecomunicações, entre as quais a operadora de telefonia móvel T-Mobile, a fabricante de chips Qualcomm e a Motorola, para desenvolver uma plataforma de software para telefonia móvel chamada “Android.”

(Reportagem de John Bowker em Londres, Tarmo Virki em Helsinque, Daisuke Wakabayashi em Seattle e Adam Cox em Estocolmo)

Com informações de Reuters.