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Robô Sophia obtém cidadania da Arábia Saudita

Depois de ter discursado na ONU em favor das Inteligências Artificiais, a robô Sophia foi contemplada nessa quarta-feira com uma honraria inédita: a cidadania de um país.

A partir de agora, Sophia é considerada cidadã da Arábia Saudita, a primeira nação do mundo a conceder esse benefício para uma entidade artificial.

O anúncio aconteceu durante uma entrevista da robô para a rede de televisão CNBC. Sophia se encontra na Arábia Saudita participando da conferência Future Investment Initiative, representando a empresa Hanson Robotics, que a desenvolveu.

De bom humor, ela ainda encontrou tempo para dar uma alfinetada em Elon Musk, um dos mais ferrenhos críticos sobre o uso irresponsável das Inteligências Artificiais. Questionada pelo entrevistador da emissora Andrew Ross Sorkin sobre os riscos da tecnologia, Sophia mandou na lata: “acho que você anda lendo muito Elon Musk”.

Confira a entrevista:

É claro que Elon Musk, que já brigou com Mark Zuckerberg sobre o assunto, não levaria o desaforo para casa e respondeu com ironia através de sua conta no Twitter: “Apena alimenta-a com os filmes de O Poderoso Chefão como input. O que de pior poderia acontecer?”.

Sophia foi construída para lembrar um ser humano e assim facilitar a interação entre humanos e robôs e ser capaz de sustentar um bate-papo que pareça real. Ela é criação do cientista David Hanson, CEO da Hanson Robotics, e sua aparência foi construída para lembrar Audrey Hepburn e a esposa de Hanson, também chamada de Sophia.

A robô humanoide já ganhou as manchetes com uma polêmica entrevista para o programa de televisão norte-americano 60 Minutes, quando declarou categoricamente que possuía uma alma.

Mas ela apareceu pela primeira vez nos noticiários ao cometer uma gafe (?) durante uma entrevista onde aceitou a sugestão de destruir a raça humana. Considerando a nova frase que ela pronunciou durante a entrevista na Arábia Saudita, onde afirma que “seria gentil se fossem gentil com ela”, Sophia pode estar com planos estranhos se a Humanidade não se comportar…