Mais uma fatia do conglomerado Sony se vai e desde ontem a empresa está fora da fabricação de produtos eletrônicos. Adeus televisores, aparelhos de som, câmeras digitais e outros dispositivos com a marca Sony.
Um ano depois de vender a divisão responsável pelo desenvolvimento dos computadores Vaio e de ter separado a divisão que fabricava televisores, a Sony anunciou nesta Quarta-Feira de Cinzas que seu setor de áudio e vídeo também será descolado da empresa principal. Não apenas isso: o CEO Kazuo Hirai disse aos investidores que é necessário também estudar a possibilidade de vender por completo os negócios de televisores e smartphones da Sony.
O que sobraria sobre o nome Sony, depois de tantas mudanças? Apenas as unidades mais lucrativas, de acordo com Hirai. A Sony passaria a se sustentar em três pilares: mídia (Sony Pictures e Sony Music), jogos (família PlayStation) e na produção de componentes para a Apple.
Depois de quase uma década de prejuízos, a Sony deseja retornar à velha forma e isso significa cortar as divisões deficitárias e concentrar suas forças ao máximo no que já está dando certo. Embora mídia e jogos sejam faces conhecidas da empresa, o terceiro pilar proposto por Hirai pode surpreender.
No momento, a produção de sensores de imagens para o iPhone da Apple é uma das unidades mais bem-sucedidas da Sony, na esteira da popularização do smartphone da antiga rival. Embora os sensores fabricados sejam negociados para outras empresas, a Apple é a principal compradora, uma vez que a Samsung utiliza tecnologia própria em seus aparelhos.
