Anunciado durante a CES 2014, o Playstation Now é um serviço de streaming de games. O mesmo é baseado na Gaikai, empresa adquirida pela Sony e especializada justamente no streaming de jogos. Diversos equipamentos contarão com suporte ao Playstation Now, como por exemplo o Playstation 4, o PS3, o fantástico (porém um pouco deixado de lado) PS Vita, TVs da série BRAVIA e vários outros dispositivos.
E hoje a gigante japonesa deu início ao open beta (ou beta aberto) do serviço, o qual está disponível inicialmente apenas para usuários do Playstation 4 (e residentes nos Estados Unidos e no Canadá). Mais de 100 jogos, segundo a empresa, serão disponibilizados durante esta fase de testes, para aluguel através da PlayStation Store (jogos do PS3, vale lembrar).
Os preços e os respectivos períodos de locação podem ser conferidos abaixo:
- 4 horas (US$ 2,99);
- 1 semana (US$ 5,99);
- 30 dias (US$ 7,99);
- 90 dias (US$ 14,99);
A Sony menciona que estes valores ainda poderão ser alterados, e chega inclusive a falar em uma faixa de preço de US$ 1,99, a qual pode ser adicionada no futuro. O beta aberto do Playstation Now começa no PS4, mas a Sony afirma que ele chegará ao PlayStation 3, ao PlayStation Vita e à PlayStation TV, apesar de não citar datas.
E a respeito de uma assinatura, Jack Buser, da Sony, disse o seguinte:
“Escutamos vocês alto e claro a respeito de uma atualização sobre uma opção de assinatura para o PS Now, e queremos assegurar a vocês que estamos trabalhando nisso“.
Apesar da restrição geográfica (teoricamente, apenas residentes nos Estados Unidos e no Canadá podem utilizar o serviço), é muito provável que usuários brasileiros, por exemplo, consigam acessar o serviço, caso possuam uma conta na PSN Norte Americana. Entretanto, é ainda mais provável que problemas de latência, devido à localização dos servidores, acabem provocando falhas, quedas e até mesmo impedindo a jogatina.
Vale também ressaltar que no Playstation Now temos jogos que rodam via streaming. Algo bastante semelhante ao ONLIVE, aliás, e de certa forma, ao recém lançado “Steam In-Home Streaming”, da Valve (este porém restrito à rede local). Não existe o download de jogo nenhum, no PS Now. Não existe nenhum download de arquivos: os games rodam nas máquinas do serviço e as imagens são transmitidas ao jogador através da internet.
Os dados relativos aos comandos dos controles seguem o mesmo padrão, ou seja, são enviados para o servidor do jogo, onde ocorrerá todo o processamento, e o equipamento receptor apenas recebe o resultado, trocando em miúdos, na forma de cutscenes, saltos, corridas, pulos, socos e outras formas de interação.
Mesmo agora, o Playstation Now parece uma alternativa muito mais interessante que o recém anunciado EA Access, da Electronic Arts, até mesmo porque este último se limita a títulos da própria publisher, além de disponibilizar apenas jogos para o Xbox One (além disso, seus testes iniciarão de maneira muito mais modesta que a Sony, com apenas 4 jogos: Battlefield 4, FIFA 14, Madden NFL 25 e Peggle 2).
Se a Sony conseguir chegar a um plano de assinatura com um bom custo-benefício, com um catálogo bacana e variado, além de preços interessantes, o Playstation Now pode se transformar em um serviço interessante. Mas, ainda assim, não podemos deixar de pensar no que tais serviços representarão, a médio e a longo prazo.
Não seremos mais proprietários de nossos jogos (caso por tais serviços optemos), e sim apenas meros “usuários”. Meros locatários. De uma maneira bastante similar ao que acontece com a Playstation Plus, onde deixamos de ter acesso aos títulos obtidos “gratuitamente” a partir do momento em que não renovamos nossa assinatura.