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Stephen Hawking e bilionário russo se aliam para procurar sinais de civilizações extraterrestres

O físico britânico Stephen Hawking está disposto a descobrir a resposta para a famosa pergunta: “estamos sozinhos no universo?”.

Nesta segunda-feira, o cientista anunciou que se aliou com o bilionário da tecnologia russo Yuri Milner para lançar a iniciativa Breakthrough Listen, para rastrear sinais de civilizações extraterrestres.

Para Hawking, “não há indagação maior. É chegada a hora de nos comprometermos para encontrar a resposta”. Milner também está engajado no projeto: “isso foi um sonho uma vez. Agora é uma autêntica busca científica”.

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Stephen Hawking e Yuri Milner

Breakthrough Listen irá custar 100 milhões de dólares ao longo de dez anos, financiados pelo capital de Milner, e irá utilizar uma série de telescópios de alta precisão ao redor do mundo para tentar identificar algum sinal inteligente vindo das estrelas. O time de pesquisadores irá incluir veteranos de projetos similares, incluindo o SETI, além da viúva de Carl Sagan, todos coordenados por Hawking.

Segundo os envolvidos, nunca houve uma iniciativa desta magnitude. Em um único dia de coleta de dados serão analisados mais sinais do que em um ano inteiro de projetos anteriores. Além da busca por vida inteligente fora do nosso sistema solar, a pesquisa também pode ajudar a identificar novos corpos celestes. Nas palavras do astrônomo Geoffrey Marcy, envolvido com o Breakthrough Listen, “há uma chance de descobrir o inesperado”.

Mas o projeto não irá se limitar a sondar o universo. No caso da descoberta indiscutível de uma civilização extraterrestre, será realizado um esforço coletivo para enviar uma mensagem para nossos vizinhos distantes. Será transmitido um recado “que irá nos descrever e nosso planeta em uma linguagem que outras inteligências possam compreender”.

Hawking, no passado, havia se manifestado contrário à realização de contato com civilizações alienígenas. Seu temor era que uma raça superior à nossa poderia ter um impacto negativo na nossa cultura. Aparentemente, sua visão agora se tornou menos negativa sobre a eventual descoberta.