Todos esses anos de persistentes rumores e especulações não importam mais: Steve Jobs supostamente não teria sido a favor da Apple produzir um aparelho de televisão.
Rumores de que a Apple estaria criando um televisor conectado à Internet vêm crescendo desde 2009, incluindo até mesmo previsões de lançamento para o final de 2012 ou início de 2013.
No entanto, durante uma reunião de 2010, poucos meses antes da renúncia de Jobs como CEO, o co-fundador da Apple disse a membros importantes de sua equipe que ele não achava que a Apple deveria lançar um aparelho de televisão. Seu motivo seria, de acordo com um novo livro que será lançado nessa semana, as margens pobres e a falta de lucro do setor.
Em “Haunted Empire: Apple After Steve Jobs”, o ex-repórter do Wall Street Journal, Yukari Iwatani Kane, descreve como a questão sobre aparelhos de TV Apple surgiu durante o “Top 100” anual da companhia, uma reunião daqueles considerados os 100 principais executivos da Maçã. De acordo com trechos do livro de Kane, Jobs havia encorajado os presentes a perguntar qualquer questão sobre a empresa.
Aparentemente encorajado por Jobs, um funcionário aproveitou a oportunidade para perguntar se a empresa iria lançar em breve um aparelho de TV da Apple. Sem hesitação, de acordo com Kane, Jobs disse: “Não”. “TV é um negócio terrível”, teria dito Jobs. “Elas não dão lucros e as margens são ruins”.
Esse episódio parece contradizer detalhes revelados na biografia de 2011 intitulada “Steve Jobs”, na qual Walter Isaacson Jobs indicou que Steve esperava mudar a indústria da TV, da mesma forma como ele transformou as indústrias de computação, música e telecomunicações:
Ele queria muito fazer pelos televisores o que tinha feito pelos computadores, players de música e telefones: fazê-los simples e elegantes.
“Eu gostaria de criar um aparelho de televisão integrado que é completamente fácil de usar”, ele me disse. “Ele seria perfeitamente sincronizado com todos os seus dispositivos e com o iCloud”.
Entretanto, Kane ainda relatou que algumas pessoas na reunião de funcionários acreditava nos comentários de Jobs, enquanto alguns “veteranos” da empresa não estavam convencidos de que ele estava sendo totalmente honesto.
