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Streaming de música ultrapassa streaming de clipes pela primeira vez

Desde os anos 80, se fala que o vídeo matou o músico de rádio, mas agora pela primeira vez a proporção se invertou.

Um levantamento concluiu que os americanos ouviram mais músicas através de serviços de streaming de áudio do que em clipes no YouTube nesse primeiro semestre.

A pesquisa foi realizada pela empresa de análise de dados BuzzAngle Music e descobriu que desde Janeiro de 2016, o público norte-americano consumiu 114 bilhões de músicas através de serviços como Spotify, Tidal e Apple Music, contra 95 bilhões de exibições de clipes musicais no YouTube no mesmo período. É uma reviravolta considerável, principalmente ao analisarmos que streaming de música apresentou um crescimento de 107.8% em relação ao primeiro semestre de 2015 enquanto a visualização de clipes cresceu apenas 23%.

A empresa destaca que esses números não levam em consideração serviços de rádio online, como o Pandora, por exemplo, o que ampliaria ainda mais a vantagem conquistada pelo áudio na web no último ano. Com o modelo de streaming de áudio sustentado por assinaturas mensais, é uma indústria que tem demonstrado uma ascensão meteórica e, não por acaso, se tornou palco de disputas colossais pela supremacia.

A vitória do streaming de áudio não marca apenas um retorno nostálgico ao período pré-anos 80 e a consolidação de uma nova indústria. Ela também é vantajosa para os músicos, que possuem um controle muito maior e um faturamento superior com licenciamento de suas obras através de acordos com serviços líderes do mercado, ao contrário do YouTube, que vem se transformado em uma fonte de reclamações e brigas com gravadoras e artistas, inclusive no Brasil.