Brian Dye, vice-presidente da Symantec, declarou ao jornal The Wall Street Journal que “o antivírus está morto” e a frase rodou o mundo. Mas, o que levou o fabricante do clássico Norton Antivirus a decretar sua morte? Ele está certo?
A Symantec não é novata no ramo da segurança eletrônica, com décadas de história na linha de frente contra as ameaças digitais desde o final dos anos 80. Entretanto, nos últimos dois anos, a empresa trocou de CEO duas vezes e amargou uma queda de 5% no seu faturamento. O que aconteceu?
A visão de Dye é a mesma da indústria e é pessimista: atualmente, apenas 45% dos malwares são detectados por antivírus convencionais. Segundo uma pesquisa realizada pela empresa de segurança FireEye, 82% dos códigos maliciosos tem vida útil de uma hora e 70% deles aparecem apenas uma vez, antes de sumir.
A nova realidade é que os hackers se aperfeiçoaram e estão usando ferramentas descartáveis, modificando seus códigos em grande velocidade para escapar do modelo de detecção baseado em assinaturas dos antivírus tradicionais.
Então, o antivírus morreu? Não, ele evoluiu. A suíte Norton também se adaptou para identificar comportamentos erráticos no sistema e fechar pontos de entrada de malware, como e-mails de phishing ou links maliciosos publicados em redes sociais.
Para Dye, o futuro da segurança eletrônica não é mais um programa monolítico que fica encarregado de proteger o sistema sem a intervenção do usuário. O novo cenário exige um conjunto de aplicativos que reforcem o uso de práticas seguras por parte do usuário e minimizem o dano em caso de invasão.
Dentro desta visão global, o antivírus segue vivo. E necessário.