Mais uma semana, mais um protesto contra o Uber na cidade de São Paulo promovido por taxistas. Na manhã desta terça-feira os ânimos se exaltaram e uma equipe de jornalismo da Rede Globo foi atacada.
Com socos e pontapés, o repórter Jean Raupp, seu cinegrafista e o auxiliar de imagens foram agredidos em frente à Prefeitura, onde estavam posicionados para cobrir a manifestação marcada.
Xingados, perseguidos e ameaçados, os profissionais entraram no carro oficial da emissora e foram embora sob o olhar da Guarda Civil Metropolitana que não interferiu no incidente. A Rede Globo publicou nota oficial onde afirma que “repudia qualquer tipo de hostilidade que impeça a transmissão da notícia ao espectador”.
A agressão também foi condenada pelo presidente do sindicato dos taxistas, Natalício Bezerra: “não tem motivo nenhum para agredir jornalista. Ele está ali para cumprir o trabalho dele e nenhum motorista tem motivo para bater nele”.
O protesto dos taxistas era contra um decreto do Prefeito Fernando Haddad (PT) que pretende regulamentar o funcionamento do Uber na cidade. Cerca de 300 taxistas interditaram as vias de acesso à Prefeitura e tentaram entrar em contato com Haddad, mas ele não apareceu pessoalmente.
Nas palavras do vereador Adilson Amadeu (PTB), organizador da manifestação, “o prefeito deveria estar aqui. Deveria pôr a cara dele aqui”. Do lado de fora, taxistas disparavam fogos de artifício e intimidavam outros taxistas nas ruas para aderir ao movimento.
