Após o prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) ter autorizado através de um decreto o funcionamento do Uber na capital do estado, taxistas promoveram uma série de protestos que ainda não terminaram.
Onda de ações começou no final da tarde de ontem, seguiu pela madrugada em uma noite de terror e continuou na manhã de hoje. Segundo a Polícia Militar, quatro pessoas já foram detidas.
O decreto de Haddad foi publicado hoje no Diário Oficial e determina que transporte pago por aplicativo pode operar na cidade de São Paulo, desde que os serviços paguem à administração municipal uma taxa por quilômetro rodado e os motoristas sejam cadastrados em um serviço autorizado pelos órgãos competentes. “O decreto é uma oportunidade, ainda, de autorizar e incentivar o uso de tecnologias que permitam o uso mais eficiente do viário urbano”, afirma a Prefeitura.
Mas a medida não agradou em nada aos taxistas, que foram às ruas para manifestar sua oposição ao serviço concorrente. Uma grande quantidade deles está em vigília em frente à sede da Prefeitura e usa um carro de som para promover seu ponto de vista. Na madrugada, outro grupo promoveu um buzinaço em frente à residência do prefeito Fernando Haddad e, às seis horas da manhã de hoje, outra célula ateou fogo em pneus e interditou três faixas da saída do Viaduto Anhangabaú, além de diversos protestos em outros pontos da cidade.
O incidente mais grave aconteceu durante a noite nas proximidades do Aeroporto de Congonhas, quando um carro preto do Uber foi cercado por taxistas e depredado. Os manifestantes pararam o veículo e distribuíram socos e pontapés. Não há registros de feridos, mas o vidro traseiro do carro foi completamente destruído pelo ataque.
Para o porta-voz do Uber no Brasil, Fabio Sabba, ainda é cedo para comemorar a decisão do prefeito: “É um primeiro passo para uma regulamentação na cidade. A gente ainda está analisando o decreto, então não dá para falar muito sobre”. Até o momento, o Uber não se pronunciou sobre os protestos promovidos pelos taxistas.
