Mais uma vez, taxistas do Rio de Janeiro e de São Paulo fecharam ruas e acessos para protestar contra o Uber nesta quarta-feira. O trânsito ficou tumultuado nas duas capitais.
As manifestações começaram com o raiar do dia e interditaram vias importantes das cidades. Sindicatos exigem a regulamentação do aplicativo de caronas pagas e os ânimos estão acirrados.
No Rio de Janeiro, a concentração dos taxistas já estava acontecendo a partir das 6 horas da manhã em vários pontos da cidade, enquanto os manifestantes se organizavam para ir em direção ao Aterro do Flamengo. De lá, a carreata seguiu para o Tribunal de Justiça, no Centro da cidade.
Os taxistas cariocas protestam contra um projeto de lei que circula pelo Senado e pode legalizar o Uber em todo o país. Para André de Oliveira, um dos líderes do movimento contrário, “o projeto do Senado só favorece a empresa, sequer favorece os motoristas”. E foi taxativo: “O Uber é ilegal. Não tem alvará de funcionamento na cidade, não pode emitir nota fiscal e a sede deles é em Amsterdã”.
Já em São Paulo, os taxistas pedem o aumento da fiscalização contra os veículos do Uber. Já existe na cidade uma lei municipal, sancionada em Outubro, que proíbe a atividade exercida pelo Uber ou qualquer outro aplicativo que use motoristas particulares. Os taxistas alegam que faltam fiscais para fazer cumprir a lei.
A carreata na capital paulista se iniciou na Praça Charles Miller, por volta das 8h da manhã. De lá, os taxistas partiram em direção à Câmara Municipal e à prefeitura. O objetivo é entregar um ofício ao presidente da Câmara dos Vereadores com a pauta das reivindicações. Segundo os organizadores do protesto, mais de 8 mil veículos participam da manifestação.
