O Rio de Janeiro acordou hoje com mais uma manifestação contra o Uber: taxistas organizaram uma grande paralisação e carreata em direção ao Aterro do Flamengo.
Taxistas de outros estados, como Minas Gerais, São Paulo e Curitiba foram ao Rio de Janeiro participar do protesto. No final da madrugada, uma das principais artérias de acesso ao Centro da cidade já estava fechada.
Por volta do meio-dia, cerca de mil taxistas já estavam concentrados no Aterro do Flamengo. Muitos deles usavam adereços de palhaço para simbolizar seu repúdio contra o aplicativo de gerenciamento de caronas pagas. Segundo André de Oliveira, presidente da Associação de Assistência aos Motoristas de Táxi do Brasil, “não podemos admitir amadores fazendo um serviço que deve ser prestado por profissionais”.
A carreata tumultuou o trânsito na cidade do Rio de Janeiro. O Uber aproveitou o protesto para reagir com uma promoção inusitada: cada carioca poderia contratar viagens gratuitas durante todo o dia (desde que não ultrapassassem determinado patamar). “Nosso foco total é no usuário, e temos o objetivo de melhorar a mobilidade na cidade. Por isso, acreditamos que esta sexta-feira é uma boa oportunidade para mostrarmos isso ao público”, afirmou um de seus representantes.
Mas o Secretário Municipal de Transporte Rafael Picciani afirmou que vai endurecer na fiscalização contra o Uber: “em nosso Estado a lei diz que o transporte individual de passageiro, sob cobrança, só pode ser realizado por táxis licenciados. Qualquer coisa diferente disso é fora da lei. Quem descumprir a lei terá o carro autuado, apreendido e rebocado e o motorista pode responder por exercício ilegal da profissão”.
