As autoridades chinesas desbaratam na semana passada um esquema envolvendo terceirizados da Apple que vendiam dados de clientes no mercado negro.
A rede de golpistas era formada por dezenas de funcionários de empresas fornecedoras de serviços e equipamentos para Apple no país.
A quadrilha tinha acesso a servidores de bancos de dados da empresa norte-americana e ferramentas que lhe permitiu extrair dados privados de usuários, como nomes completos, Apple IDs, números de telefone e outras informações. Os dados eram então comercializados em grandes lotes para compradores interessados, onde o preço individual das informações de cada vítima podia sair por menos de dois dólares. Apesar do baixo valor, as autoridades calculam que o volume negociado rendeu mais de sete milhões de dólares para os criminosos.
As investigações duraram meses e foram conduzidas em diversas províncias da China, o que indica o alcance da organização montada para furtar dados da Apple. No total, 22 suspeitos foram presos pela polícia e apenas 2 deles não prestavam serviços para a Apple.
Acredita-se que os dados vendidos para o mercado negro possam ser utilizados em golpes, fraudes e furto de identidade. Um jornalista de uma rede local conseguiu comprar por cerca de US$100 o histórico de voo e as hospedagens em hotéis de outro jornalista, que supostamente teriam sido extraídos dos servidores da Apple pela mesma quadrilha.