O Twitter está sendo processado nos Estados Unidos por ter provocado indiretamente a morte de um americano em um atentado atribuído ao ISIS ao permitir o crescimento do grupo terrorista.
No texto do processo, aberto pela viúva da vítima, aparece a afirmação que “sem o Twitter, o crescimento explosivo do ISIS nos últimos anos para o mais temido grupo terrorista no mundo não seria possível”.
Lloyd Shields foi morto na Jordânia, em 9 de Novembro de 2015, quando um suposto simpatizante do Estado Islâmico abriu fogo em uma cafeteria em um centro de treinamento da polícia jordaniana. O americano estava no país ministrando um curso sobre habilidades de segurança e contraterrorismo para oficiais locais.
Embora o Twitter não seja responsabilizado diretamente pelo crime e esteja sendo processado na Justiça civil, o processo aponta que a rede social possui atualmente cerca de 70 mil contas ligadas ao ISIS e que o grupo terrorista teria conseguido recrutar 30 mil novos membros através da plataforma somente em 2015.
O Twitter emitiu um comunicado em que lamenta a morte de Lloyd Shields mas também declara que a ação não tem mérito e que possui “times ao redor do mundo investigando ativamente denúncias de violações de regras, identificando condutas inaceitáveis, formando parcerias com organizações que contrapõem conteúdo online extremista, e trabalhando com entidades de proteção da lei quando apropriado”.