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Ubisoft é criticada por não incluir personagens femininas em novo Assassin’s Creed

O próximo jogo da série Assassin’s Creed não permitirá que você jogue como uma personagem feminina porque, segundo a desenvolvedora do game, isso daria “o dobro do trabalho”. Em declarações ao site VideoGamer, o diretor técnico da Ubisoft, James Therien, disse que assassinas estavam na lista de recursos da empresa até pouco tempo atrás, mas foram cortadas por uma questão de “foco e produção”.

“Personagens femininas significam que você tem que refazer muita animação”, disse Therien, defendendo a exclusão, dizendo que “não era uma questão de filosofia ou de escolha”. Bruno St. Andre, da Ubisoft, estimou que uma assassina teria necessitado de mais de 8.000 animações recriadas em uma nova estrutura esquelética.

Assassins_Creed_5_unity

Assassin’s Creed: Unity se passa durante a Revolução Francesa, e permite aos jogadores participar de missões de cooperação com até quatro outros jogadores. Falando à Polygon, o diretor criativo Alex Amancio, disse que o personagem principal foi a razão pela qual a Ubisoft decidiu não incluir mulheres como personagens jogáveis: “O denominador comum era Arno”, disse Amâncio. “Não é como se pudéssemos cortar o nosso personagem principal, então a única opção lógica, a única opção que tínhamos, era cortar o avatar feminino”.

Alguns dos estúdios mais bem sucedidos do mundo têm recebido grandes críticas nos últimos anos por suas representações do gênero. A Rockstar Games justificou o fato de que nenhum dos três protagonistas de Grand Theft Auto V eram mulheres no ano passado porque “o conceito de ser masculino era muito fundamental para a história”, enquanto Chris Perna, diretor de arte de Gears of War, sugeriu em um momento semelhante que jogos com personagens principais femininas seriam “difíceis de justificar”, com base em números de vendas.