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Um dos mais antigos engenheiros do Google se junta ao Pentágono

Matt Cutts, um dos mais antigos engenheiros do Google e uma das figuras mais significativas no mundo do SEO na década passada, vai se juntar ao Pentágono.

Depois de 16 anos no Google, o desenvolvedor agora irá fazer parte da força-tarefa de tecnologia do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, batizada de Defense Digital Service.

Quem viveu a febre do SEO no início do século sabe que Cutts era a face mais visível das regras e recomendações do Google para posicionamento e relevância, sendo o autor de diversos tutoriais, palestras e explicações sobre as inúmeras alterações do algoritmo de classificação do mecanismo de busca. Mas Cutts era mais do que isso e também foi o responsável pela criação de sofisticados filtros contra spam no Google e do modo de busca SafeSearch, que elimina conteúdo potencialmente ofensivo ou pornográfico dos resultados pesquisados pelos usuários.

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Sobre a mudança de ares, Cutts esclarece que ela é temporária e irá durar apenas alguns meses, mas não deu nenhum detalhe sobre suas futuras atividades dentro do Pentágono. A respeito da decisão, ele escreveu em seu blog  que “nos últimos dois anos, eu tenho visto mais e mais pessoas de tecnologia tentando fazer o governo trabalhar melhor. Eles são idealistas que também estão fazendo um grande impacto. Essas são pessoas que eu respeito (…) eu posso afirmar que sua energia é contagiante”.

Cutts não é o único funcionário do Google nas fileiras do governo dos Estados Unidos. Recentemente, Eric Schmidt, diretor da Alphabet, também passou a integrar uma comissão dentro do Pentágono. Além dele, Megan Smith, ex-Vice-Presidente da divisão de experimentos Google X, assumiu o cargo de CTO do governo de Barack Obama, enquanto o engenheiro de confiabilidade do Google, Mike Dickerson, ficou encarregado de corrigir defeitos na infraestrutura do projeto HealthCare.gov, de previdência social.

Essa presença crescente de funcionários e ex-funcionários do Google nos bastidores da administração pública norte-americana foi alvo de pesadas críticas por parte do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que não vê com bons olhos essa ligação entre governo e gigantes da tecnologia.