Esqueça o E-Commerce. O gigante de comércio agora é o mobile, carinhosamente chamado de M-Commerce.
Com o surgimento das redes 3G, smartphones e tablets de qualidade, é cada vez mais popular o uso de dispositivos móveis para fazer compras na internet. Inclusive, o número de pessoas que estão substituindo as tradicionais compras online pela alternativa móvel vem aumentando diariamente.
Mas, embora o M-commerce já seja figurinha conhecida na Europa e Ásia, os Estados Unidos e América Latina estão só agora conhecendo todo o seu poder.
Por aqui, o comércio móvel está crescendo tanto que foi um dos temas da oitava edição do Fórum Mobile+, que aconteceu na última semana.
Aproveitando o evento, conversamos um pouco sobre M-Commerce com Daniel Aguiar, gerente sênior de Marketing do MercadoLivre Brasil, um dos palestrantes do primeiro dia do Fórum.
Vem conferir!
Para quem está conhecendo mais sobre o comércio mobile agora: Qual a diferença entre M-commerce e E-commerce?
Eu diria que o M-Commerce, ou Mobile Commerce – em português comércio via dispositivos móveis – é complementar e não substituto ou diferente ao e-commerce – eletronic comerce ou comércio eletrônico.
O smartphone está no bolso das pessoas e já é quase um órgão, onde o usuário necessita desse dispositivo em seu dia a dia, tem contatos pessoais e profissionais, acessa e-mails, redes sociais, banco, paga contas, efetua compras, […] pede comida via aplicativos, etc.
Esse último ponto é onde entra o M commerce: venda de produtos e serviços por dispositivos móveis, tudo rápido e prático na palma da mão do consumidor. Por meio de um aplicativo ou navegador de internet do celular é possível efetuar pesquisas, comparar valores, escolher o que deseja e efetuar a compra recebendo no endereço desejado.
As plataformas móveis têm alguma vantagem maior em termos de venda? E desvantagens?
Não vejo desvantagens no móvel, apenas vantagens. Com os dispositivos móveis conseguimos estar com o cliente no momento que ele mais precisa, fazendo parte do seu dia a dia e até mesmo viabilizando um sonho.
Vale a pena investir em um aplicativo próprio?
Sim. Vale a pena ter o aplicativo e o site mobile junto, um formato que se adapta a qualquer tipo de tela e diferentes tamanhos, computador, celular, tablet e até mesmo smartTVs. A grande diferença do app é que podemos entregar um diferencial maior do que dentro do site mobile.
O aplicativo oferece produtos diferenciados como, por exemplo, utilização da câmera como leitor de código de barra, identificador de fotos, etc.
Como você vê o futuro do M-commerce?
Prefiro falar sobre o presente, pois já estamos na era do M-commerce. O MercadoLivre por exemplo não produz nenhuma ação sem ter o mobile envolvido. Tudo que fazemos, para falar a verdade, pensamos primeiro como ficará no mobile e qual será a experiência do nosso usuário nesse dispositivo.
Mas, se falarmos de futuro, focaria no crescimento dessa plataforma e no uso da população. Em pouco tempo as pessoas não usarão mais carteiras físicas, e sim as digitais para tudo.
Como foi para o MercadoLivre se adaptar às vendas através de celulares?
Foi essencial e chegou há cerca de 3 anos. Melhoramos nosso site no formato responsivo e criamos os aplicativos do MercadoLivre, MercadoPago e MercadoShops.
Atualmente trabalhamos em muitas atualizações para nosso aplicativo no iOS e Android, sempre buscando melhorar a experiência do usuário.
Quão importante o comércio mobile se tornou para a empresa nos últimos anos?
De extrema importância. O MercadoLivre não trabalha mais nada sem o mobile. […] Posso garantir que temos mais acessos pelos dispositivos móveis do que muitos e-commerces possuem em sua plataforma.
Quando se trata de vendas, vocês usam uma estratégia diferente, como promoções especiais ou anúncios?
Todas as nossas campanhas são adaptadas para o mobile. Nós não diferenciamos uma da outra.
Vocês ainda têm uma base de usuários forte na web; existe alguma estratégia hoje para conectar web e plataformas móveis?
Somos totalmente conectados. Temos sim uma maior parte do público acessando via notebook ou computador, porém essa migração ocorre de forma natural e progressiva. Sempre convidamos o usuário a fazer o download do aplicativo, a acessar remotamente pelo mobile, etc.
Acreditamos que temos ótimos resultados pelos dispositivos móveis e continuaremos crescendo.
E por último, você tem alguma dica para quem quer entrar no M-commerce?
Se você ainda não entrou, está perdendo tempo. Foque no site responsivo, crie um app, se coloque no lugar do seu cliente/usuário, pesquise, entenda e melhore a experiência.
A primeira vez fica uma impressão, várias vezes confirmam a experiência e qualidade da empresa.