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Vazamento maciço de dados afeta 70% de toda a população da Coreia do Sul

As autoridades da Coreia do Sul estão investigando o segundo maior vazamento de dados da história do país. Um único hacker chinês teria obtido e colocado em circulação dados pessoais de 70% da população do país.

Os 220 milhões de registros obtidos pela investigação contém dados privados de 27 milhões de habitantes, de idades que variam entre 15 e 65 anos. Os dados comprometidos vieram de bancos de dados de sites de jogos, de serviços de apostas, lojas virtuais de ringtones e sistemas de venda online de ingressos de cinema.

De acordo com a imprensa local, 16 pessoas envolvidas na circulação destes dados já foram detidas pela polícia. O principal suspeito seria um homem de 24 anos, chamado de Kim, que teria comprado os arquivos de um hacker chinês ainda não identificado, em 2011. Desde então, Kim teria revendido informação privada para terceiros, incluindo uma rede de fraude de seguro.

O preço cobrado por Kim poderia variar entre um milionésimo de dólar até 20 dólares, dependendo do lote de dados. No período em que operou negociando informações, o criminoso teria lucrado quase meio milhão de dólares. Os prejuízos causados por seus crimes podem chegar a 2 milhões de dólares.

As investigações continuam e as autoridades afirmam estar procurando outros sete suspeitos que estariam ligados ao esquema, assim como o suposto hacker chinês que teria sido a fonte do vazamento em primeiro lugar.

Em 2011, um vazamento maior ainda resultou na exposição de dados pessoais de 35 milhões de habitantes, quase a população ativa total do país. Na ocasião, a rede social mais popular da Coreia do Sul, a Cyworld, foi comprometida por invasores. E este ano, no final de Janeiro, foi descoberto um outro vazamento de grande porte, quando as autoridades detiveram um funcionário do Korea Credit Bureau (o equivalente local do SPC) que copiou dados bancários de 20 milhões de usuários para um HD externo por mais de um ano.