Há algum tempo as coisas não estão boas para o Uber, que tem sido notícia no último ano por polêmicas indo de multas milionárias até prisões de executivos. Agora, a empresa está enfrentando a ira de taxistas na maior cidade do Brasil: São Paulo.
O conselho da cidade de São Paulo votou 43-3 para proibir o uso de aplicativos como o Uber na cidade.
Durante todo o dia, milhares de motoristas de táxi bloquearam várias ruas e avenidas da cidade para protestar contra a empresa norte-americana e pressionar os vereadores a votarem a favor da lei que proíbe o serviço.
O município tem 10 dias para enviar a lei aprovada à Câmara Municipal. O prefeito Fernando Haddad terá então duas semanas para aprovar ou vetar o projeto de lei.
Se a medida entrar em vigor, motoristas do Uber que ignorarem a proibição podem ser multados em até R$ 1.700 e ter seus carros confiscados.
A proibição em São Paulo poderia influenciar ações semelhantes que já estão discussão nas outras três cidades brasileiras onde o Uber atua: Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte.
Falando do Rio, a cidade realizou uma audiência pública na manhã dessa quarta-feira, onde taxistas e representantes do Uber debateram sobre a ilegalidade e irregularidade do aplicativo.
Daniel Mangabeira, o diretor de políticas públicas do Uber, defendeu durante a audiência uma regulação do “serviço de transporte urbano individual” oferecido pela empresa, no qual motoristas cadastrados no aplicativo pagariam uma taxa para financiar melhorias para outros meios de transporte no país.
“De acordo com a legislação brasileira, operamos no mercado de forma legal, porém, ainda não regulamentada. O Uber não é concorrente, ele é complementar e não é conflitante com os táxis,” disse Mangabeira na audiência.