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Você não vai acreditar como a polícia britânica conseguiu a senha de um iPhone bloqueado

O caso aconteceu no dia Primeiro de Abril, mas não é mentira. Embora tenha uma mentira no meio: a polícia britânica conseguiu ludibriar um suspeito de terrorismo e usou de um ardil para obter a senha do seu iPhone.

Enquanto do outro lado do Atlântico, o FBI travou um longo cabo-de-guerra com a Apple para conseguir acesso a um iPhone bloqueado, na Inglaterra venceu a boa e velha “engenharia social”.

Junead Khan, de 25 anos, estava sendo investigado pela polícia por suas ligações com o grupo terrorista islâmico ISIS. As autoridades estavam tentando impedir um atentado planejado contra soldados americanos aquartelados em bases em solo britânico e Khan saberia da operação e manteria contato com outros membros do plano.

Para desmantelar o atentado, a polícia precisava de acesso ao iPhone de Khan sem que ele bloqueasse o aparelho. Segundo a legislação inglesa, um acusado não é obrigado a fornecer a senha de seus dispositivos, mesmo que haja outras provas contra ele. Para enganar o suspeito, policiais se infiltraram na empresa onde ele trabalhava como motorista de entregas, na cidade de Luton, e assumiram o papel de gerentes.

Um desses falsos “gerentes” insinuou que Khan teria faltado com suas obrigações em determinada data. Para provar que não era um mau funcionário, Junead Khan puxou seu iPhone, como previsto, desbloqueou o aparelho na frente dos agentes disfarçados (que memorizaram a sequência de teclas) e mostrou que trabalhou no dia mencionado. O agente pediu o aparelho para ver o que estava na tela e Khan entregou. Nesse momento, foi dada a voz de prisão.

Em entrevista à CNN, o diretor do Comando Contra-Terrorismo da Polícia Metropolitana inglesa, Dean Yaydon, afirmou que “através daquele telefone nós soubemos que ele esteve em contato com combatentes do ISIS na Síria através de mensagens de texto, através de emails e também utilizando aplicativos de rede social e também existe uma vasta quantidade de material terrorista e extremista ali relacionados a como fazer uma bomba, por exemplo, mas também material que está relacionado a atrocidades no exterior”.